domingo, 3 de março de 2013



Antes de tudo, quero destacar o ponto em que concordo com o autor Denis Monteiro.


Rm 5:18 Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.

Paulo, no contexto, está falando de duas humanidades sob a qual os seres humanos podem estar, Adão e Cristo, e da superioridade do ato do segundo sobre o ato do primeiro. No entanto, ele fala em termos de resultado, não de provisão. Um único pecado de Adão resultou no juízo de toda a humanidade sob este cabeça (Adão), e um único ato de Cristo resultou na justificação de toda a humanidade sob este cabeça (Cristo). Não é possível estabelecer a extensão da expiação de Cristo com base nesses versículos.

Tentando esquivar-se da acusação de que a eleição no Calvinismo implica que Deus faz acepção de pessoas, o autor devolve a acusação, dizendo:

Segundo a teologia arminiana a eleição ocorre, a partir do momento que Deus olha no futuro e vê a fé de tal pessoa e a mesma é salva mediante uma fé prevista. Mas como isso pode ser possível, sendo que Deus não faz acepção de pessoas?

O autor rebate a crítica do Pr. Ciro cometendo o mesmo erro que este último. Ele diz que não fazer acepção significa que "Deus não leva em consideração as circunstâncias externas do gênero e nem seus méritos". Pois bem, se isto é fazer acepção, como ele pode acusar a teologia arminiana do mesmo erro se esta diz que Deus elege aquele que crê? Crer não é uma "circunstância externa" e nem um ato meritório. Logo, sua acusação é completamente infundada.

Um juiz, por exemplo, que leva em consideração o status social de um réu ao julgá-lo está fazendo acepção de pessoas, mas se ele julga o réu com base no que ele fez ou deixou de fazer, ele está fazendo um justo juízo. Afirmar, portanto, que se Deus elege pela fé (algo que a pessoa exerceu) , ele está fazendo acepção de pessoas é demonstrar a mesma ignorância sobre o significado da ideia de acepção.

Sobre Rm 9.11, nada mais precisa ser dito além de que ali Paulo está contrastando a eleição, o chamado, a promessa, a misericórdia com as obras, e isto ainda sobre a eleição da nação de Israel. O ponto é que a descendência natural e as obras não contam para Deus. Ele elege quem ele quer, com base em sua misericórdia, e ele decidiu ser misericordioso com os crentes, judeus e gentios.

O autor mistura alguns textos na tentativa de apoiar a sua posição. Ele diz,

...a graça que veio sobre "todos" são os "muitos" que recebem a Cristo, como descreve o texto da Ceia: "E lhes disse: Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos." (Marcos 14:24).

Nesse outro versículo, Mc 14.24, temos uma afirmação sobre a extensão da expiação. No entanto, para infelicidade do autor, o versículo afirma a universalidade da obra de Cristo. Cristo derramou seu sangue em favor de muitos, mas muitos em contraste com poucos e não com todos. Cristo derramou seu sangue por muitos, ou seja, todos. Essa mesma alternância entre "todos" e "muitos" pode ser vista no próprio versículo que ele está analisando, Rm 5.17, 18.

Sobre Hb 2.9, ele diz,

Ou seja, àqueles por quem Cristo morre é aperfeiçoado e leva à glória. Ou será que todos são filhos e estão sendo aperfeiçoado? 

Nada disso pode ser deduzido do contexto. Os "muitos filhos" do v. 19 não equivalem ao "todos" por quem Cristo morreu. Antes, a morte de Cristo por "todos" os homens resultou em "muitos filhos". Isso se torna ainda mais claro quando vemos que o texto não diz "todos os homens" mas "cada [homem]". O singular (muito mais do que o plural) afirma com maior clareza a universalidade da obra de Cristo.

A palavra "todos" no grego "pas" significa que Cristo morreu por classes de pessoas e não todas as pessoas de todas as classes.

Isso é simplesmente indefensável biblicamente. "Todos" [pas] pode significar "classes de pessoas", mas não em todos os contextos, como o autor dá a entender. Além disso, mesmo significando "classes de pessoas", isso não pode ser contrastado com "todas as pessoas de todas as classes". Alguns contextos mostram claramente que Paulo está falando de classes de pessoas, como Rm 3.23, e ainda assim incluindo todas as pessoas dentro de sua classe.

O autor ainda apela a Ap 5.9 (Com teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação) para mostrar que "classes de pessoas" significa "algumas pessoas de cada classe", mas a estrutura dos dois versículos é completamente diferente. Em Ap 5.9, o autor está falando de classes de pessoas, mas isso não acontece em Hb 2.9. É um erro impor o sentido de um contexto em outro.

Para finalizar, o autor afirma,

Veja que os ímpios por quem Cristo morre, são àqueles por quem Deus prova seu amor, nós os que éramos pecadores. 

O autor está falando de Rm 5.6, 8 e comete outro erro de interpretação. Paulo não está limitando a morte de Cristo a alguns ímpios, alguns pecadores. Ele está exaltando o amor de Cristo em sua morte, que foi feita em favor de ímpios e não santos. O fato de Cristo ter demonstrado esse amor por nós não significa que ele não tenha demonstrado por mais ninguém.

Enfim, esse artigo não pode ser descrito como uma refutação ao artigo do Pr. Ciro. Há muitos mais erros em sua "refutação" do que no artigo que ele busca refutar.

www.arminianismo.com

30 comentários:

  1. Defender Expiacao linitada eh lutar contra a biblia! A maior forma de entender a biblia eh acreditar no que esta escrito! Se os calvinistas acreditassem no que leem em Joao 1:29; 3:16; 1Joao 2:1,2, ... Creio que pensariam diferente!

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  2. Pois é André, há fortes evidencias que até o proprio Calvino acreditava na Expiação Ilimitada.

    Mas os calvinistas estão ensoberbecidos na tradição que eles formularam durante a história sobre esse tema.

    Nem todos é lógico...

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  3. A aplicação da expiação é claramente argumentada nas Escrituras sobre aquilo que Deus faz na vida dos eleitos. A maior parte dos textos que tratam sobre esse ensino, falam de sua natureza eficaz.

    Quanto a possibilidade de a expiação ser universal, tal crença se baseia não nos textos nos quais a expiação é explicada quanto à sua eficácia, os quais se constituem na maioria, mas nos textos nos quais as palavras "mundo" e "todos os homens" ocorrem. Se se prova que, nesses textos, tais palavras não significam "todos sem exceção" a expiação universal está completamente derrubada.

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  4. A aplicação da expiação é claramente argumentada nas Escrituras sobre aquilo que Deus faz na vida dos eleitos. A maior parte dos textos que tratam sobre esse ensino, falam de sua natureza eficaz.

    Quanto a possibilidade de a expiação ser universal, tal crença se baseia não nos textos nos quais a expiação é explicada quanto à sua eficácia, os quais se constituem na maioria, mas nos textos nos quais as palavras "mundo" e "todos os homens" ocorrem. Se se prova que, nesses textos, tais palavras não significam "todos sem exceção" a expiação universal está completamente derrubada.

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  5. A disputa sobre a extensão da expiação tem a ver com a provisão, não com a eficácia. Certamente as Escrituras falam da eficácia da expiação na vida daqueles que creem, o que não significa que esses fazem parte de um grupo incondicionalmente eleito por Deus na eternidade. Alguém poderia argumentar em favor de uma expiação limitada sem, contudo, defender uma eleição incondicional. Isso mostra que, mais do que negar um argumento arminiano, que "mundo" significa toda a humanidade, o calvinista precisa provar o seu, que Deus pretendeu que a expiação fosse para benefício apenas daqueles que foram eleitos incondicionalmente na eternidade.

    Querer levar o debate para a questão da eficácia não nos levará a lugar nenhum. Ou melhor, a questão mais nos unirá do que nos dividirá. Isso porque arminianos e calvinistas acreditam que a eficácia da expiação foi pretendida apenas para os que creem E NINGUÉM MAIS. A eficácia certamente é limitada, ou talvez fosse melhor dizer que o número daqueles em quem a expiação é eficaz é limitado.

    Mas o fato da eficácia ser limitada não significa que a provisão também o seja. Se eu levo medicamento para dez pessoas, mas somente cinco aceitam tomá-lo, isso significa que a eficácia será sobre cinco, mas a provisão será sobre dez.

    Por isso, se vamos falar de extensão da expiação, devemos falar de provisão, não de eficácia.

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  6. Replay de posts, Mizael? Não precisa ser tão incisivo.

    *A aplicação da expiação é claramente argumentada nas Escrituras sobre aquilo que Deus faz na vida dos eleitos. A maior parte dos textos que tratam sobre esse ensino, falam de sua natureza eficaz.*

    Mas esta eficácia ocorre num tempo determinado, e não na Eternidade e muito menos no dia da morte de Jesus lá pelos idos dos anos 30 AD. Mesmo como calvinista você deve crer nisto.
    Afinal, o derramamento do sangue de Jesus, por si só, não salvou ninguém automaticamente.

    *Quanto a possibilidade de a expiação ser universal, tal crença se baseia não nos textos nos quais a expiação é explicada quanto à sua eficácia, os quais se constituem na maioria, mas nos textos nos quais as palavras "mundo" e "todos os homens" ocorrem.*

    Mas a eficácia não é intrínseca.

    *Se se prova que, nesses textos, tais palavras não significam "todos sem exceção" a expiação universal está completamente derrubada.*

    Tal prova é bastante difícil. Não basta somente dizer que "todos" não significa "todos sem exceção", mas sim que "todos" se refere necessariamente aos eleitos de Deus e mais ninguém além destes.

    Além disso, já traduzi sobre a expiação provisional em meu blog.

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  7. Caro Jean Patrik:

    Informo que tanto o título quanto a imagem destacada desse artigo estão equivocados.

    Eu sou o editor do Blog Bereianos e não o irmão Denis. O artigo dele em questão foi "republicado" no meu blog, diretamente copiado do blog que pertence ao autor, "Teologia & Apologética" ( http://www.superandoasheresias.blogspot.com.br/2013/02/por-quem-cristo-morreu.html ).

    Peço a gentileza que seja corrigido. Muito obrigado.

    Ruy Marinho
    Editor Blog Bereianos
    bereianos.blogspot.com

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  10. Cuidado para não perderem a salvação, irmãos Patrik e Paulo César. Façam tudo direitinho e não se desviem nem por um segundo, pois pode ser exatamente neste segundo que Cristo voltará e, aí, que azar terá sido o seu de ter andado na linha todo o tempo e acabar dando uma deslizadinha justamente na hora do arrebatamento. Muito mais agora' que provaram que o sangue de Cristo não garante nada se não for ratificado por suas boas práticas. Olho aberto, então.
    Eu aqui vou fazendo minha parte unicamente porque acho que isso agrada a Deus. Ledo engano né? Mas me entendam. É que aprendi que devo agir como se 100% dependesse de mim, mas sabendo que 100% depende de Deus.

    Deus os abençoe.

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  12. RCGM, você gosta de fazer papel de palhaço? Ou é parvo mesmo?

    * Façam tudo direitinho e não se desviem nem por um segundo, pois pode ser exatamente neste segundo que Cristo voltará e, aí, que azar terá sido o seu de ter andado na linha todo o tempo e acabar dando uma deslizadinha justamente na hora do arrebatamento.*

    1 - Nem todo arminiano é dispensacionalista. Logo essa de 'a volta de Jesus' não cola.
    2 - Por acaso você se esbalda no pecado só porque Deus prometeu que não vai te tirar do céu?
    3 - Não é 'qualquer pecado' que elimina a salvação, mas o deliberado abandono da fé.
    4 - Vá lá se torturar lendo Hebreus 6 e aquelas exegeses cabeludas, como a analogia agrícola de Grudem...

    *Eu aqui vou fazendo minha parte unicamente porque acho que isso agrada a Deus.*

    Deus mostra na Sua Palavra do que e de quem ele se agrada. Se você só acha, te falta leitura e afinco no estudo. Também né, vindo aqui falar besteira...

    *Ledo engano né?*

    Da sua parte.

    *Mas me entendam. É que aprendi que devo agir como se 100% dependesse de mim, mas sabendo que 100% depende de Deus.*

    Uma paralaxe cognitiva monstruosa!

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  13. Irmão Ruy Marinho, vamos fazer o seguinte, se você tirar esse artigo do blog Bereiano, tiro o nome do seu blog da postagem aqui. Se não vai continuar...

    Um abraço!

    Jean Patrik

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  14. Ai que dó.... Jean. Todo arminiano é assim: "vocês têm que tirar esse artigo do seu blog..."? Aconteceu a mesma coisa com Augustus... falam para ele tirar se não a remonstrância iria refutar (até hoje nada).

    Aff...

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  15. "1 - Nem todo arminiano é dispensacionalista. Logo essa de 'a volta de Jesus' não cola."

    Mas uma hora tu morrerá, meu caro. Já pensou se for um ataque fulminante? E se justamente nessa hora você tiver se desviado? Agora você vai me dizer que nem todo arminiano morre?

    "2 - Por acaso você se esbalda no pecado só porque Deus prometeu que não vai te tirar do céu?"

    Repetindo: Eu aqui vou fazendo minha parte unicamente porque acho que isso agrada a Deus.
    Quer maior motivo? Se quiser, substitua o tempo "agrada" por "glorifica".

    "3 - Não é 'qualquer pecado' que elimina a salvação, mas o deliberado abandono da fé."

    Era esse tipo de pecado que me referia. Já conheci crentes inconstantes o suficiente para afirmar isso. Vivem se reconciliando com Deus.

    "4 - Vá lá se torturar lendo Hebreus 6"

    Seria especificamente esta parte?:

    "Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo.
    E provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro,
    E recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério."
    Hebreus 6:4-6

    Eu concordo com o texto, irmão. Justamente por ser impossível que os salvos sejam renovados para arrependimento que eles não voltam atrás e não caem. Mas vocês arminianos é que contradizem essa passagem da Escritura, afirmando que os o que "foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo. E provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro" podem cair.
    Me mostra tua exegese aí, por favor.

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  16. Caro Jean Patrik.

    Não quero que exclua esse artigo de seu blog e pode ter absoluta certeza que eu não excluirei o artigo do Denis. Longe de mim esse tipo de pedido ou atitude infantil.

    Eu somente pedi para você corrigir o erro de colocar como dono do bereianos o irmão Denis. Ele na verdade não é o dono e sim eu.

    Mas não tem problema, em um futuro artigo que será tratado uma refutação a este, será colocado um aviso sobre esta atitude para informar os leitores.

    Deus te abençoe!

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  17. bom.... já que a palavra "todos" é citada muitas vezes eque Jesus morreu por "TODOS".vai aqui minha interpretação!

    se Cristo não pode salvar todos os homens, quão deplorável e ineficaz foi seu sacrifício.porque não pode salvar a todos.

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  18. Paulo,

    Vou dar atenção às suas palavras e à elas darei minha resposta, aqui mesmo.

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  19. Ruy, eu não disse que iria excluir o artigo aqui, eu disse que tiraria o nome (blog dos Bereianos). E no artigo não está dizendo que o irmão Denis é o dono do blog.

    Então cara, espero tu não fique chateado comigo, mas eu não vejo razão pra tirar nada ali.

    Paz em Cristo!

    Jean Patrik

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  20. Anonimo disse: Ai que dó.... Jean. Todo arminiano é assim: "vocês têm que tirar esse artigo do seu blog..."? Aconteceu a mesma coisa com Augustus... falam para ele tirar se não a remonstrância iria refutar (até hoje nada).

    Aff...


    É verdade cara, Agente ficou de refutar o vídeo em que o Augustus Nicodemus comete vários erros históricos. Mas é uma coisa que está tão na cara que sinceramente nem precisaria de refutação.

    Mas o pessoal tem sim interesse de refutar aquele vídeo, quem sabe eu mesmo não o faça. Se o fizer não serei tão formal como os meus colegas pretendem ser.

    Valeu por lembrar!

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    Respostas
    1. [sinceramente nem precisaria de refutação. ]

      Vejo que sua base moral deve ser igual ao seu pensamento. Está errado, segundo você, e não quer mostrar a todos que está errado? É assim que você age diante de várias circunstâncias erradas, não avisa do erro e prova ao contrário?

      Não! Vejo que este é mais um argumento para fugir da verdade!

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    2. Então, que comece o jogo!

      Dê-nos uma data para uma preliminar. Eu mesmo posso começar citando alguns erros típicos de calvinistas no vídeo do Nicodemus, como a analogia comercial da expiação.

      Como a parte histórica é mais complicada, ela certamente vai demorar mais. Claro, levando em conta que Nicodemus é quem deveria citar as fontes que usou para sua aula, em vez de nós termos que correr atrás delas...

      E aí? 'Cai dentro'?

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  21. Caros! A malhor forma de bem interpretar a escritura é acreditar no que se lê!!! É um absurdo Entender "alguns" onde se lê "todos os homens" (1 Tm 2:4, Não podemos nem devemos interpretar "alguns" onde se lé "Todo mundo" (1 João 2:1,2)nem entender Que "Deus amou alguns" onde está escrito "Deus amou o mundo!" Caros Acreditemos somente no que está escrito!!!
    Que Deus nos guarde!!!!

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  22. O problema é que o que está escrito está no grego, de 2 mil anos atrás.

    Mas o maior problema mesmo, e é por isso que tento apresentar uma opção interpretativa além da mais popular é que a Bíblia não pode ser contradizer no que se refere a dogmas. Não faltam textos que deixam claro a eleição. Ou somos eleitos ou não somos.

    E daí temos que:
    Ou Deus é perfeito e faz tudo perfeito, ou não.
    Ou Deus cumpre seus propósitos ou não.
    Ou Deus tem domínio de tudo, inclusive sobre os que se salvam, ou não.

    A ideia de que a liberdade humana interfere nos planos de Deus faz parecer, no mínimo, que não é Deus quem dá as cartas, mas o homem.
    Não posso crer num Deus que fica refazendo seus planos em função das mudanças de atitude do homem. Esse Deus não sabe o futuro.
    Não posso crer num Deus que tem o propósito de salvar todos e somente alguns, no fim, creem e são salvos. Esse Deus tem seus desígnios frustrados. É fraco!
    Prefiro tentar conciliar a ideia de liberdade que temos com a soberania de Deus para fazer tudo como deseja do que diminuir Deus para tornarmos mais plausível nossa ideia de liberdade e responsabilidade humana. Pode parecer mais lógico se tivermos um Deus que não domina sobre tudo, que abdicou de seus poderes, como o deus do Ricardo Gondim. Mas o Deus da Bíblia é um "pouquinho" maior.

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  23. Refutação fraquinha. E gostei muito da refutação postada hj(13/03/2013) sobre este texto no blog bereianos. Paz e graça

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  24. Mas uma hora tu morrerá, meu caro. Já pensou se for um ataque fulminante? E se justamente nessa hora você tiver se desviado? Agora você vai me dizer que nem todo arminiano morre?

    E os calvinistas não morrem não?
    E desde quando um desvio ocorre na última hora? Deserção da fé não tem a ver com dúvidas temporárias ou coisa do tipo, mas com recusa consciente e deliberada.

    Era esse tipo de pecado que me referia. Já conheci crentes inconstantes o suficiente para afirmar isso. Vivem se reconciliando com Deus.

    Isto é diferente. Não é inconstância da fé, mas constância do ABANDONO. É de uma vez por todas, entendeu?

    "4 - Vá lá se torturar lendo Hebreus 6"

    Seria especificamente esta parte?:

    "Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo.
    E provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro,
    E recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério."
    Hebreus 6:4-6


    Justamente por ser impossível que os salvos sejam renovados para arrependimento que eles não voltam atrás e não caem.

    Errado. Aliás, estuprou o texto, hein?
    Eles estavam em comunhão e caíram. A estes que caíram (ou seja, estavam ants de pé), é impossível renová-los. Ou seja, são salvos que caíram e não podem voltar porque não resta sacrifício.


    Mas vocês arminianos é que contradizem essa passagem da Escritura, afirmando que os o que "foram iluminados... podem cair.
    Me mostra tua exegese aí, por favor.


    Preciso? O verso é claro!

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  25. O problema é que o que está escrito está no grego, de 2 mil anos atrás.

    O mesmo grego que você ignorou na sua 'exegese' de Hebreus 6...

    Não faltam textos que deixam claro a eleição. Ou somos eleitos ou não somos.

    Fala uma novidade... Aqui ninguém nega eleição.

    E daí temos que:
    Ou Deus é perfeito e faz tudo perfeito, ou não.
    Ou Deus cumpre seus propósitos ou não.
    Ou Deus tem domínio de tudo, inclusive sobre os que se salvam, ou não.


    Você sabe auqis são os planos de Deus em detalhes? Então, deixe sua verborragia ali no canto, detrás da porta.


    A ideia de que a liberdade humana interfere nos planos de Deus faz parecer, no mínimo, que não é Deus quem dá as cartas, mas o homem.

    Coisa que ninguém aqui afirmou, mas você desonestamente impinge contra nós. Interessante...

    Não posso crer num Deus que fica refazendo seus planos em função das mudanças de atitude do homem. Esse Deus não sabe o futuro.

    Você se esqueceu que Deus é um ser pessoal que Se relaciona com o homem. A 'mudança de atitude do homem' é levada em conta por Deus - ou vai negar que a oração de Moisés não foi levada em conta por Deus no episódio do bezerro de ouro?

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  26. Não posso crer num Deus que tem o propósito de salvar todos e somente alguns, no fim, creem e são salvos. Esse Deus tem seus desígnios frustrados. É fraco!

    Vontade Antecendente e Vontade Consequente. Já leu São Tomás de Aquino? Nota-se que não:

    • Sim, porque, se é verdade, como diz o Salmo 113, que “tudo o que Deus quis, Ele o fez”, decorreria que de fato Ele não quis que a fé de Pedro (e dos demais papas) não desfalecesse. Mas, apresentado desse modo, isso é falso. Para entendê-lo corretamente, deve-se considerar a distinção entre vontade antecedente e vontade consequente segundo o que diz São João Damasceno[7]. Naturalmente, como escreve o Aquinate[8], “essa distinção não se toma da parte da própria vontade divina, em que não há antes nem depois, mas da parte das coisas que Ele quer”. Para compreendê-lo, acompanhemos a argumentação de Santo Tomás nesse mesmo lugar. Com efeito, qualquer coisa, na medida em que é boa, não pode não ser querida por Deus. Sucede porém que algo considerado à primeira vista absolutamente bom ou absolutamente mal pode, se considerado por algum outro aspecto que se lhe acrescente, revelar-se o contrário. Por exemplo, em termos absolutos, um homem estar vivo é um bem, enquanto matar outro homem é um mal; mas, como um assassino é uma ameaça a alguém em particular ou à comunidade, e é pois um mal, é um bem que alguém o mate em legítima defesa ou que o próprio estado lhe tire a vida. Decorre daí que, sem perder a justiça, um juiz possa querer com vontade antecedente que todo homem viva, mas com vontade consequente que o assassino perca a vida. “Assim”, diz Santo Tomás, “também Deus quer, quanto à vontade antecedente, que todos os homens sejam salvos, mas, quanto à vontade consequente, quer que alguns sejam condenados, segundo a exigência de sua justiça”. Há mais, todavia: mesmo o que queremos com vontade antecedente, não o queremos simpliciter (absolutamente, pura e simplesmente), mas secundum quid (por certo aspecto). Com efeito, a vontade se relaciona com as coisas tais como elas são em si mesmas, e por isso “queremos simpliciter uma coisa quando a queremos levando em conta todas as circunstâncias particulares” — o que, precisamente, é querer com vontade consequente. Por essa razão, completa o Aquinate, “podemos dizer que o juiz justo quer simpliciter que o assassino seja enforcado, ainda que secundum quid quisesse que vivesse, já que se trata de um homem”.

    FONTE: http://spessantotomas.blogspot.com.br/2011/08/breve-questao-disputada-se-fe-dos-papas.html

    Pode parecer mais lógico se tivermos um Deus que não domina sobre tudo, que abdicou de seus poderes, como o deus do Ricardo Gondim.

    Que, por um acaso, não nos representa.

    Mas o Deus da Bíblia é um "pouquinho" maior.
    E na tua mente ele deve usar porretões de aço como a Shayera Hol...

    O meu costuma usar de inteligência e sabedoria. Pode ser?

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  27. Graça e paz a todos!

    Calma irmãos. Antes de tudo devemos aceitar e entender que somos crentes em Jesus e que devemos conservar o múltuo respeito e amor como Filhos de Deus que somos. A Palavra de Deus nos ensina em 1 Coríntios 3:3-7 e 21 a não nos gloriarmos em homens e isto vale para todos os que se consideram crentes. Devemos ser "bíblicos" e expresarmos nosso próprio entendimento da Palavra de Deus, evitando o imediatismo da prática de uma quase idolatria quando é dito: "Porque assim disse Calvino/Porque assim disse Armínio".

    Voltemos ao centro objeto das discordâncias que é JÁ TER ocorrido ou não por Deus "A ESCOLHA DOS SALVOS". Penso que aqueles que creem nos acontecimentos contidos no Livro de Gênesis no Antigo Testamento, também aceitam como verdade bíblica o revelado por Deus no Livro de Ezequiel. Em vista do exposto e objetivando ajudar no entendimento se JÁ OCORREU OU NÃO A ESCOLHA POR DEUS DOS QUE SERÃO SALVOS E DOS QUE IRÃO PARA O LAGO DE FOGO (Também para saber se alguém perde a salvação), apresento para interpretação de todos os seguintes versículos da Bíblia: Ezequiel 18:21-32, Ezequiel 33:13-20, Mateus 10:22, Mateus 24:12-13, Mateus 22:14 e Apocalipse 22:19.

    Acredito que o discernimento dos versículos acima citados vai nos servir como resposta.

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  28. Eu aqui vou fazendo minha parte unicamente porque acho que isso agrada a Deus. Ledo engano né? Mas me entendam. É que aprendi que devo agir como se 100% dependesse de mim, mas sabendo que 100% depende de Deus.

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