quarta-feira, 20 de junho de 2012

A Bíblia é a Palavra de Deus (Parte II)

A inspiração plenária e verbal, e a diferença entre inspiração e revelação
Antonio Gilberto
A inspiração da Bíblia é, na verdade, uma inspiração plenária ou verbal. Ela ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas, que os escritores não funcionaram quais máquinas inconscientes, que houve cooperação vital e contínua entre eles e o Espírito de Deus que os capacitava. Afirma que homens santos escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém sob uma influência tão poderosa do Espírito Santo que o que eles escreveram foi a Palavra de Deus. Explicar como Deus agiu no homem é difícil. Se, no ser humano, o entrosamento do espírito com o corpo é um mistério inexplicável para os mais sábios, imagine o entrosamento do Espírito de Deus com o espírito do homem!

Ao aceitarmos Jesus como Salvador, aceitamos também a sua Palavra. A inspiração plenária cessou ao ser escrito o último livro do Novo testamento. Depois disso, nem os mesmos escritores, nem qualquer servo de Deus, pode ser chamado de inspirado no mesmo sentido.
Diferença entre inspiração e revelação
Revelação é a cão de Deus pela qual Ele dá a conhecer ao escritor coisas desconhecidas, o que o homem, por si só, não podia saber. Exemplos: Daniel 12.8 e 1Pedro 1.10-11. Quanto à inspiração, ela nem sempre implica em revelação. Toda a Bíblia foi inspirada por Deus, mas nem toda ela foi dada por revelação. Lucas, por exemplo, foi inspirado a examinar trabalhos já conhecidos e escrever o Evangelho que traz o seu nome (Lc 1.1-4). O mesmo se deu com Moisés, que foi inspirado a registrar o que presenciara, como relata o Pentateuco.

Exemplos de partes da Bíblia que foram dadas por revelações:

1) Os primeiros capítulos de Gênesis – Como Moisés escreveria sobre um assunto tão anterior a si mesmo? Se não foi revelação, deve ter lançado mão de escritos já existentes. Há uma antiga tradição hebraica que declara isso.

2) José interpretando os sonhos de Faraó (Gn 40.8; 41.15-16,38-39).

3) Daniel declarando ao rei Nabucodonozor o sonho que este havia esquecido e, em seguida, interpretando-o (Dn 2.2-7,19,28-30).

4) Os escritos do apóstolo Paulo – Ora, Paulo não andou com o Senhor Jesus. Ele creu por volta do ano 35dC, porém, em suas epístolas, conduz-nos a profundezas de ensino doutrinário sobre a Igreja, inclusive no que tange à Escatologia. Assuntos de primeira grandeza sobre Regeneração, Justificação, Paracletologia, Ressurreição, Glorificação etc são abordados por ele. Como teve Paulo conhecimento de tudo isso? Ele mesmo no-lo diz em Gálatas 1.11-12 e Efésios 3.3-7: por revelação. Nos seus escritos, há passagens onde essa revelação é bem patente, como em 1Coríntios 11.23-26, onde ele diz: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei...”. Por sua vez, o capítulo 15 de 1Coríntios, também por ele escrito, é a passagem mais profunda e completa da Bíblia sobre a ressurreição.

Fonte: http://www.cpadnews.com.br/blog/antoniogilberto/?POST_1_31_A+B%EDBLIA+%E9+A+PALAVRA+DE+DEUS+%28PARTE+II%29.html

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