Por Jean Patrik
(teologia do Evangelho do João)
(teologia do Evangelho do João)
Introdução
Nesse artigo veremos qual era o propósito do
apóstolo ao escrever esse evangelho, identificaremos as teologias contidas
nele, comentaremos acerca de alguns acontecimentos escritos pelo autor e
mostraremos os seus motivos.
·
Prólogo (Jo.1.1-18)
No prólogo João
faz uma espécie de introdução do seu evangelho, um primeiro ato que muitos
chamariam de começo de um drama. E ele começa: “No Principio era aquele que é a
Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. (Vs.1NVI)”.
É bem provável
que já no inicio do seu evangelho João estaria respondendo e refutando uma
seita denominada de gnosticismo, seita que acreditava e pregava que Jesus era
apenas um dentre muitos aeons, (ou emanações angelicais) que segundo eles seria
um dos muitos salvadores e pequenos deuses que existia, mas em sentido algum
seria divino como Deus é. Antes ele seria apenas um aeon que participava em
parte dos atributos da essência divina. Eles acreditavam nisso por descartarem
um Deus em forma humana, já que consideravam o corpo (carne literalmente) uma
matéria corrompida.
Para tanto João
cita várias palavras fortes relacionadas a Jesus como o Cristo, que servirá
para expressar a sua teologia: Verbo, Deus, Vida, Luz, Graça, Verdade Etc. E no
verso 14 João narra: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Com certeza
seria uma resposta para esses que descreditavam a divindade de Jesus, e achavam
impossível o Cristo ser tornar homem, mitos chamaram esse processo de “Mistério
da Encarnação”.
Mas adiante João
revela de maneira sutil o que Jesus passaria por ter sua autoridade como
Messias questionada, e por isso ele começa apelando para o profeta João Batista
(vs.15) .
·
A
preparação de Jesus para o ministério público (1.19-51)
Após o prólogo (1.1-18) o apóstolo descreve como foi à
preparação do ministério de Jesus através da pessoa de João Batista o profeta,
e através do testemunho do profeta novamente o apóstolo tem o cuidado de
apresentar a Jesus como o cordeiro de Deus, o Cristo o Messias (1.29; 1.24),
isso se comprova quando João o profeta ao testemunhar novamente sobre Jesus
(1.36), dois dos seus discípulos ao ouvirem isso passam a seguir a Jesus e a
testemunhar dele como o Messias, veja o que André fala a respeito de Jesus
depois de esse ter andado pouco tempo com ele: “Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que
ouviram aquilo de João, e o haviam seguido.
Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo) (1:40-41). Note que André fala com grande convicção acerca de Jesus como sendo o Messias a qual tanto esperavam. Não há duvida que um dos maiores propósitos que o apóstolo queria provar era a de que Jesus seria o Messias (o Cristo), mas isso é só o começo que deixa-nos maravilhados ao estudar o evangelho de João.
Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo) (1:40-41). Note que André fala com grande convicção acerca de Jesus como sendo o Messias a qual tanto esperavam. Não há duvida que um dos maiores propósitos que o apóstolo queria provar era a de que Jesus seria o Messias (o Cristo), mas isso é só o começo que deixa-nos maravilhados ao estudar o evangelho de João.
· O ministério público de Jesus (2.1-4.54)
Depois de o apóstolo ter mostrado Jesus como o Messias através do
testemunho do profeta João Batista, ele agora tenta mostra-lo como aquele que
faz milagres.
Mas antes é
importante lembrarmos que somente dois dos discípulos de João foram que
seguiram Jesus, isso é meio estranho, pois já que João havia dito que ele não
era o Messias, e testemunhado acerca de Jesus como Messias, os seus discípulos
deveriam de imediato seguir a Jesus, entretanto não fora isso que acontecera
tendo maioria deles permanecido com João. Isso gerou um problema mais a frente,
pois esses que ficaram, queriam comparar Jesus com João onde ouve uma discursão
com um certo judeu anônimo, e enciumados
diziam: “Rabi,
aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tu deste testemunho, ei-lo
batizando, e todos vão ter com ele” (Jo 3:26). O profeta percebendo o perigo tem
que dizer novamente que ele não é o Cristo, então responde:
“O homem não pode
receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu.
Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: Eu não sou o Cristo, mas sou
enviado adiante dele.
Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que lhe
assiste e o ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim, pois, já este meu
gozo está cumprido. É
necessário que ele cresça e que eu diminua.
Aquele que vem de cima é sobre todos; aquele que vem da terra é da terra
e fala da terra. Aquele que vem do céu é sobre todos.
E aquilo que ele viu e ouviu isso testifica; e ninguém aceita o seu
testemunho. Aquele
que aceitou o seu testemunho, esse confirmou que Deus é verdadeiro. Porque
aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus; pois não lhe dá Deus o
Espírito por medida.
O
Pai ama o Filho, e todas as coisas entregou em suas mãos.
Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no
Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” (3.27-36).
É bem provável que o apóstolo ao fazer essas citações,
estaria consolidando algo que eles negligenciaram isso fica mais claro quando
no capítulo dezenove de atos Paulo encontra discípulos de João, mesmo esse já
tendo morrido.
Voltando, o apóstolo
tenta mostrar a divindade de Jesus como aquele que faz milagres ele começa
relatando o que nós consideramos como o primeiro milagre de Jesus. Nesse
episódio Jesus está em uma festa de casamento e culturalmente essas festas
duravam cerca de uma semana, nesse caso a família dos noivos deveriam cuidar
que durante esse tempo não faltasse mantimentos para os convidados, pois se não
seria um grande constrangimento, podendo ocasionar em uma multa para o casal,
mas infelizmente o vinho acabou e a mãe de Jesus veio avisa-lo, é provável para
que Maria ao avisa-lo estivesse preocupada com o casal que por sinal deveriam
ser amigos ou conhecidos dela. Indo direto para o milagre, Jesus sente que o
tempo do seu ministério era chegado, então ele faz o seu primeiro milagre “Jesus
principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória;
e os seus discípulos creram nele (2:11)”
Considerando que esse seja o primeiro sinal de Jesus
comprova inequivocamente que as fábulas e mitos de que Jesus havia feito sinais
na sua infância não passam de mentiras.
Tendo ele decido de Caná para Jerusalém operou ali muito
outros sinais a qual o apóstolo não relata e muitos creram n’Ele (2.23), mas a
bíblia diz que Jesus não tinha confiança na crença deles, pois Ele conhecia os
corações e não havia necessidade que alguém lhe falasse acerca dos pensamentos
do homem. Semelhante aos dias de hoje, existem muitos que até acreditam em
Jesus, estão nas igreja, louvam a Deus, andam com uma bíblia de baixo do braço,
e muitos desse são crentes, porém crentes não salvos, pois não entendem a
essência do evangelho, e por não conhecerem a verdadeira mensagem do evangelho
encontram-se perdidos na casa do Pai.
No capitulo 3.1-21 vemos um diálogo entre Jesus e um
mestre fariseu chamado Nicodemos, e o apóstolo ao mostrar esse diálogo tinha um
objetivo de mostrar mais uma vez quem era realmente Jesus, principalmente para
os judeus que até então relutavam veementemente contra a ideia de que Jesus ser
o Messias.
É bem provável que Nicodemos tenha ido a Jesus depois de
ter presenciado os seus milagres 2.23, se me perguntasse qual era a intenção de
Nicodemos ao procurar Jesus, não saberia responder.
Outro relato importante acerca do ministério público de
Jesus está no capitulo 4.1- 42, onde Jesus esteve depois de ter que ser retirar
(vs.3) para Galiléia tendo passado antes por Samaria. O interessante é que os
Judeus não se davam com os samaritanos, para melhor compressão deixarei Wiersbe falar:
“Os samaritanos eram uma raça mestiça, parte judia
e parte gentia, que havia se formado durante o cativeiro assírio das dez tribos
do norte a partir de 727 a.c. Rejeitados pelos judeus por não poderem provar
sua
genealogia, os samaritanos estabeleceram seu
próprio templo e cultos religiosos no monte Gerizim, o que só serviu para
aumentar o preconceito. A aversão dos fariseus pelos samaritanos era tal que
oravam para que nenhum samaritano fosse revivido no dia da ressurreição! Numa
tentativa de insultar Jesus, seus inimigos o chamaram de samaritano(Jo 8:48).” [1]
É importante compreendermos o porque de Jesus está
naquele local desapropriado para judeus e qual a sua finalidade. Provavelmente
o apóstolo estaria passando uma mensagem nesse episódio, e essa mensagem seria
de que a salvação não estaria restrita a um povo peculiar, mas a todos que
aceite a mensagem do evangelho, com isso o apóstolo estaria borrando a imagem
que os judeus havia feito acerca do Messias, de que somente eles seriam dignos de
salvação, entretanto, como vemos, Jesus tinha outros propósitos que muitos
judeus da época não entendeu, como o de salvar a todos que nele cressem, para
Jesus não importava a sua etnia, a sua língua, a sua cor ou países mas as almas
perdidas do mundo.
O resultado da conversa de Jesus com
a samaritana foi um sucesso, depois que ele a convenceu de que era o Messias,
ela foi testificar acerca dele, o que resultou na conversão de muitos
samaritanos, sendo que muitos ao ouvirem e verem Jesus diziam: “Já não é pelo teu dito que nós cremos;
porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o
Cristo, o Salvador do mundo. 4:42”.
Depois disto Jesus fez outros
sinais e prodígios em Judá e Galiléia, o que ocasionou na despeita dos lideres
religiosos, algo que ele teve que lhe da depois da fama que corria sobre ele
ser o Messias.
· A oposição ao ministério de Jesus (5.1-12.50)
Nesse
tópico trataremos de maneira resumida a oposição que Jesus sofreu, iremos
entender o porque dessa oposição já que Ele mal algum fazia.
O
apóstolo continua relatando milagres que Jesus havia feito, e no capitulo cindo
vemos Jesus curando um paralítico que estava naquela situação a trinta e oito
anos, o problema é que era sábado, dia sagrado para os judeus, mas por não entenderem
sobre o propósito de Deus de terem um dia para adorarem, tornaram esse dia um
fardo com tantas ordenanças desnecessárias. Por conta disso eles ao verem o
paralitico curado no dia de sábado ficaram preocupados e foram tirar satisfação
com Jesus, de o porque dele ter feito isso sendo dia de sábado, e Jesus
responde de maneira bombástica “Meu Pai
trabalha até agora e eu também” . Olhando bruscamente para essa frase não
parece tão bombástica assim, mas é que ao Jesus dizer essas palavras, era
equivaler que Ele era igual a Deus, o que os judeus religiosos consideraram
como blasfêmia, pois na concepção deles a posição mais digna que ele poderia
receber era de um profeta, mas de ser ele o Messias, era isso inaceitável. E
por causa dessa declaração os judeus
ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também
dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus (vs.18).
Depois
disso Jesus fala um sermão falando acerca da sua missão e dizendo-se, ainda que
indiretamente, ser igual a Deus. Não há duvidas da intenção do apóstolo ao
relatar essas coisas, ele estava dizendo: “Jesus é o Messias”.
Jesus
teve outras oposições, e isso é facilmente visto nos capítulos seis quando Ele
afirma ser o Pão da Vida, no sete ele
afirma ser a fonte de agua viva é
importante ressaltar que alguns se perguntavam: Quando vier o Cristo, fará, porventura, maiores sinais do que este
homem tem feito (vs.31). Capítulo oito
Jesus diz: Eu sou a luz do mundo, no
dez ele é o bom Pastor que da a sua vida pela as ovelhas, e mesmo que Ele tenha
dado a sua vida, Ele tem poder para reavê-la (vs.10), no onze ele ressuscita um
homem e no doze ele entra montado em um jumentinho para que se cumprisse a
profecia de Zc. 9.9.
Todas
essas passagens mostra-nos que Jesus era o Messias, pois os atributos seus
(sinais, prodígios e palavras com tanta sabedoria) apontava como um cumprimento
da profecia dos profetas messiânicos, tudo isso casou-lhe uma forte oposição
devido à incredulidade dos mestres religiosos, o que desencadeou para a sua
morte. Tudo isso nos impressiona, ao vermos a cegueira espiritual de muitos que
enxergava Jesus como um líder politico, a qual eles pensavam que os libertariam
do julgo romano.
Quantos
de nós as vezes nos assemelhamos a essas pessoas, crendo em Jesus somente nessa
vida. Paulo em sua primeira carta aos Corintios 15.19 disse: “Se esperamos em Cristo só nesta vida,
somos os mais miseráveis de todos os homens” que o SENHOR nos
guarde de tal postura.
·
Os
últimos feitos e palavras de Jesus (13.1-21.25) Caminhamos para as últimas
palavras e feitos de Jesus, e não á duvidas que toda a história contada por
João é dramática. Acredito que nesse evangelho o leitor é desafiado a deixa-lo
de ler, é impossível começá-lo e não terminá-lo, com certeza ele é o evangelho
mais vibrante que tem.
Agora nesses últimos capítulos, João da lugar a uma
narrativa trágica e melancólica, é como que de repente ele mudasse o seu
roteiro, e se envolvesse nele mostrando os últimos atos de Jesus com eles (os
discípulos). Com certeza escrever esses últimos feitos de Jesus deve ter sido
dolorido para João.
É quase impossível não relatar os acontecimentos nos
capítulos seguintes, contudo não podemos perder o foco, então, vamos fazer uma
síntese dos restantes capítulos do evangelho de João.
Nos capítulos seguintes João mostra algumas
particularidades de Jesus, no capítulo treze ele nos mostra Jesus ensinando-os
sobre humildade, no quatorze ao dezessete ele relata a preocupação de Jesus com
os discípulos depois da sua partida, então tenta confortá-los com a promessa de
outro consolador, dizendo que mandaria
outro consolador, para que ele não ficassem como órfãos, ou seja, como se não
tivessem ninguém para os consolarem, depois ele da mais algumas instruções,
explica qual será a missão desse consolador e por fim, no capítulo dezessete
ele faz uma oração intercessora.
A emoção nesse evangelho é intensificada no capítulo
dezoito, onde o apóstolo descreve Jesus no Getsêmani sendo preso, depois
presente para um interrogatório, depois vai á presença de Pilatos onde com
certa relutância, sentencia-o a crucificação, da crucificação á morte e da a
ressurreição ao terceiro dia.
Tudo isso aconteceu com Jesus, que logo após procura
se apresentar ao seus discípulos que ainda estavam meio duvidosos, depois da
conquista da confiança dos discípulos, o apóstolo revela qual motivo de todo
evangelho e ele diz: foram registrados
para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo,
tenhais vida em seu nome (20.31).
·
As
teologias encontradas no evangelho
Cristologia – A cristologia no
evangelho de João é muito enfatizada, vemos isso em quase todo o evangelho.
Iremos mostrar
algumas particularidades no evangelho de João de o porque de ele ter falando
tanto sobre o assunto em apreço.
É possível que
João ao escrever esse evangelho tivesse em partes o objetivo de refutar a seita
gnóstica como já dita no prólogo, veja o que Roger Olson diz em seu livro
História da Teologia Cristã: “Certa tradição do século ll descreve o
embate entre o discípulo João e um eminente mestre gnóstico de Éfeso por volta
de 90 a.C. Cerinto talvez tenha sido um dos primeiros mestres gnósticos e
perturbadores do cristianismo do final do século l. Conforme a tradição, João
foi ao balneário público de Éfeso com alguns dos seus discípulose, ao entrar,
percebeu que Cerinto estava ali. Então saiu apressado de lá, sem se banha,
exclamando: ‘Saiamos depressa para que ao menos o balneário não desabe sobre
nós, pois Cerinto, o inimigo da verdade, ali se encontra’” (História da
Teologia Cristã. p.27)
Por esse motivo
entendemos o porquê da frase do apóstolo que diz: “E o Verbo se fez carne”, sabemos muito bem que os gnósticos
consideravam a carne impura ou corrompida, e devido a isso negava a existência
de Jesus como Deus em carne.
Outro motivo de
encontrarmos a Cristologia acentuada por João, é a defesa que ele faz contra as
acusações dos judeus incrédulos que desacreditava em Jesus como o Messias
(Cristo), e por isso o vemos insistindo tanto em Jesus como o Cristo (João
1:17,41; 4.25; 11.27; 20.31).
Isso
Comprova satisfatoriamente que João tratou da Cristologia com objetivos
importantíssimos para sociedade cristã daquela época.
Soteriologia – A
soteriologia no evangelho de João se ocasiona da Cristologia ensinada por ele,
se não cressem no Cristo como poderiam ser salvos? Veja: “E a vida eterna é
esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo,
aquele que tu enviaste (jo.17.3)” . Mas antes vemos Jesus como salvador nos
seguinte versos Jo.1.11-12, 29; 3.16-17; 4.42; 12.47; 14.6. João estava dando
uma mensagem reflexiva, pois se não considerassem Jesus como o Cristo e o Filho
de Deus, eles estavam colocando ou até mesmo perdendo a sua salvação, a chance
de viverem a vida eterna. Há outros versículos que corroboram com a
soteriologia no evangelho de João, mas eles são usados de uma maneira menos
direta por usarem os termos como Luz do mundo, Pão da Vida, Fonte de agua viva
e a Porta das ovelhas, todos esses, de certa maneira aponta para o Jesus como o
Salvador.
Pneumologia – A
doutrina do Espírito Santo no evangelho de João é reveladora quando analisamos
cuidadosamente, mas antes é preciso entender o cenário.
Jesus
estava se despedindo dos discípulos os preparando tanto para sua morte como a
sua ida para o Céu, por conta dissa, é bem provável que os discípulos ficaram
desnorteados pensando entre si, quem irá nos ensinar, ajudar, consolar. Jesus
percebe essa preocupação da parte deles e começa a falar-lhes sobre o Espírito
Santo.
E no
capítulo quatorze versos dezesseis ele diz: “eu
rogarei ao Pai, ele vos dará um outro Consolador, a fim de que seja para sempre
convosco, o Espírito da verdade”
Quando
Jesus diz outro (ἄλλον), ele estava falando que o
Espírito Santo era outro do mesmo tipo, fazendo-lhes entender que eles não
seriam abandonados, mas que esse Espírito faria as mesmas coisas que Ele fez.
Mas
nas particularidades o Espírito Santo seria um Ajudador (vs.26), é muito
interessante que a versão da Bíblia de Jerusalém nos traz a palavra “paráclito” que quer dizer, chamado para ajudar. O
Espírito Santo tem essa função, pois é Ele que nos ajuda nos momentos de
fraqueza.
Seria
o nosso Consolador nos momento de tristeza e angustia.
Seria
o nosso Ensinado (vs.26), talvez os discípulos achavam que não poderiam obterem
mas os ensinamentos maravilhosos de Jesus, por isso Jesus se antecipa a essa
preocupação, afirmando que o Espírito Santo os ensinariam sobre tudo e vos
fariam lembrar de tudo que ele havia dito enquanto esteve com eles.
Uma
outra função do Espírito Santo seria o de convencer o ser humano do pecado,
justiça e juízo (Jo.16.8-11) .
Conclusão
Deixo a conclusão
baseada nesse versículo: “estes, porém, estão escritos para que creiais que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu
nome.
João 20:31”.
João 20:31”.
Ainda que identificamos outras
particularidades nesse evangelho não há duvidas para qual tenha sido o seu
propósito o qual foi enfatizado nesse artigo, de que Jesus é o Cristo o Filho
de Deus.
Bibliografia
MARSHALS, I. Howard. Teologia do Novo
Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2007
CARSON, D. A. Introdução do Novo
Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2007
COENEN, Lothar, BROW, Colin. Dicionário
Internacional de Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2000
CHAMPLIN, Russell Norman. Novo
Testamento Interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2002
CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia
de Bíblia Teologia e Filosofia. São Paulo: Hagnos, 2006
VINE, W. E. Dicionário Vine. Rio de Janeiro:
CPAD, 2002
OLSON, Roger. História da Teologia
Cristã. São Paulo: Vida, 2001
Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulus,
2010
[1]
WIERSBE, Warren Wendel. Comentário Bíblico Expositivo do Novo Testamento.
São Paulo: Geográfica editora, 2006, p.385
Jean Patrik
Jean Patrik
Teologia Joanina